Para gerir com eficácia uma doença, os dados recolhidos no rastreio, diagnóstico e monitorização ou acompanhamento ajudam a acompanhar a situação de cada doente e destacam as oportunidades de autocuidado, conforme apropriado.
As ações de gestão da doença são um componente crítico dos sistemas de saúde. Estes incluem aconselhamento e comunicação entre profissionais de saúde e doentes e também ligam os doentes a uma rede de serviços para apoiar as suas necessidades médicas, psicológicas e de bem-estar. Quando uma doença é gerida de forma eficaz, cada doente entende melhor a sua condição e pode viver mais confortavelmente. No caso das doenças infecciosas, o objetivo é minimizar a transmissão, gerir os cuidados aos doentes e, sempre que possível, curar as doenças. Nas doenças crónicas, a gestão ajuda as pessoas a viver melhor e a evitar complicações adicionais. No caso de doenças neurodegenerativas, a terapêutica de suporte pode também ajudar a gerir a doença de um doente, enquanto decorre a investigação para o abrandamento da progressão da doença.
Por exemplo, a análise de um tecido ou de uma amostra de sangue dá aos médicos uma perspetiva precisa da doença, recuperação ou progressão de um doente. De igual modo, a realização contínua de exames e a monitorização ao longo do seu percurso ajudam os doentes e os seus profissionais de saúde a compreender se a terapêutica atual é a mais adequada ou se devem ser consideradas outras opções. Esta situação é comum em doenças infecciosas e no tratamento do cancro. A transformação digital dos dados dos exames e da monitorização representa uma nova oportunidade para melhorar os cuidados aos doentes. Na verdade, estes dados, devidamente aproveitados, podem fundamentar as decisões em matéria de cuidados de saúde e ajudar a gerir a doença de um doente, ao mesmo tempo que fornecem um quadro para análise estatística e prospecção de informações.