Esclerose Múltipla com mil faces

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, inflamatória e degenerativa cuja causa é desconhecida. A sua abordagem coloca múltiplos desafios que a Roche quer enfrentar, juntamente com profissionais de saúde e associações de doentes.
A Esclerose Múltipla é conhecida como a doença das mil faces, devido às muitas formas com que se manifesta e aos danos que provoca no corpo humano. Na Roche, juntamente com os principais neurologistas, queremos reduzir estas mil faces a seis.

Comecemos pelo princípio. Na medicina, o termo esclerose, do grego sklerós, ou seja duro, é utilizado para se referir a um endurecimento dos tecidos. No caso da Esclerose Múltipla , o que endurece é o tecido nervoso.

Mas porquê múltipla? O nome "múltipla" foi criado pelos americanos nos anos 50. Antes disso, a doença era conhecida como esclerose em placas, referindo-se às placas ou lesões que ocorrem no cérebro ou na medula espinal.1

Apelidaram-na de "múltipla" devido às múltiplas lesões que ocorrem no sistema nervoso central e à existência de múltiplos episódios de disfunção neurológica.

Quando subitamente uma pessoa é diagnosticada com Esclerose Múltipla, para além de tonturas e medo, surgem milhões de perguntas. Que doença é esta? E agora, o que é que vai acontecer? Como irá afetar a minha vida quotidiana? Tem cura? É hereditária?

A Esclerose Múltipla é uma doença neurodegenerativa crónica do sistema nervoso central. É imprevisível e instável. Não conhecemos as suas causas e os seus sintomas são muito variáveis. Nem sabemos quando surgirá a próxima manifestação da doença ou quando irá progredir. O que sabemos é que é de origem auto-imune, o que significa que provém de uma perturbação do sistema imunológico, deixando-o tão desorientado que o mesmo se torna capaz de atacar o próprio corpo, neste caso o sistema nervoso, causando danos e provocando a doença.

Pense por um momento no seu sistema nervoso: cérebro, medula espinal, neurónios... Lembra-se do que aprendeu na escola, do enorme número de órgãos e partes do corpo que dependem dele? Tudo, absolutamente tudo, o que funciona no nosso corpo é "controlado" pelo sistema nervoso.

Por isso, imagine o que acontece quando este começa a falhar, como acontece quando se tem Esclerose Múltipla: os sintomas podem de facto manifestar-se de muitas formas diferentes, mas que sinais devem alertar-nos para ir ao médico se suspeitarmos de Esclerose Múltipla?

Devido a esta grande variedade de sintomas, quando falamos de Esclerose Múltipla, não existem duas pessoas iguais. Por isso é conhecida como a doença das mil faces. Uma doença com mil faces precisa de múltiplas abordagens e de múltiplos profissionais. As pessoas com Esclerose Múltipla precisam de um apoio multidisciplinar de equipas constituídas, entre outros, por:

  • Este especialista é responsável por diagnosticar a Esclerose Múltipla, escolher a melhor estratégia de lidar com a doença e acompanhar de perto a evolução da mesma.

  • São um excelente elo de ligação entre o doente e o médico. Administram alguns fármacos, monitorizam os sinais vitais. Também se encarregam de informar o doente sobre alguns dos aspetos da doença e dos cuidados a ter no dia-a-dia.

  • Ajudam a gerir as dificuldades físicas. Também é responsável por informar sobre alguns aspetos da doença e cuidados no dia a dia. Profissionais de neurorreabilitação Ajudam a gerir dificuldades físicas.

  • São responsáveis pela realização das ressonâncias.

Para além dos profissionais mencionados anteriormente, existem muito outros, alguns com um papel pouco visível, tais como psicólogos e neuropsicólogos para ajudar a orientar os doentes na resolução das suas dificuldades, fazer um acompanhamento cognitivo e a encontrar as suas próprias respostas, farmacêuticos podem preparar alguns medicamentos, gerem o armazenamento e garantem a preservação adequada dos mesmos. O papel das associações de doentes é também fundamental na prestação de apoio, formação, ajuda e orientação.

Felizmente, o nível de conhecimento, formação e meios de que hoje dispomos para combater a Esclerose Múltipla tem avançado nos últimos anos.

A capacidade de diagnosticar a doença de forma mais precoce (por exemplo, com o auxílio da ressonância magnética) e de compreender melhor o papel datem ajudado a melhorar o seu curso e evolução.

Desde o lançamento das primeiras opções terapêuticas destinadas a controlar os sintomas e sinais da doença, os avanços na abordagem da Esclerose Múltipla têm sido significativos nos últimos tempos, embora ainda haja um longo caminho a percorrer uma vez que, atualmente, não existe uma cura para a doença. Mas, com que opções de tratamento para a Esclerose Múltipla contamos atualmente?

Quando confrontados com uma doença como a Esclerose Múltipla, existem inúmeros desafios.

Por exemplo, 500 anos após a ocorrênciaainda não sabemos qual é a causa da doença. Sabemos que existem fatores ambientais que a propiciam e uma certa predisposição genética.

Também conhecer e investigar mais a fundo a forma progressiva da Esclerose Múltipla e insistir em ferramentas que permitam um deteção precoce e precisa.

E, claro, alcançar a cura que permita travar definitivamente a evolução da doença e regenerar os danos causados.

Referências

  1. Fernández, O., Fernández, V. Y Guerrero, M. (2012).

  2. Multiple Sclerosis International Federation. (2013). Atlas of MS 2013. Available at:

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