Prevenção

Os testes de diagnóstico desempenham um papel crucial na prevenção de doenças. Vejamos dois exemplos: diabetes e cancro do colo do útero. Os testes sanguíneos para determinar os níveis de glicose podem detetar valores elevados, confirmando a predisposição da pessoa poder ter diabetes. As novas tecnologias estão também a transformar as estratégias de rastreio do vírus do Papiloma Humano (HPV), pois têm o potencial de informar sobre o risco de desenvolvimento de cancro do colo do útero.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que haja uma incidência anual de 600.000 novos casos de cancro do colo do útero e uma mortalidade associada de 340.000 mulheres/ano, o que o torna um dos cancros mais comuns nas mulheres6. Embora a infeção por HPV de alto risco possa causar uma proporção de cancros do ânus, vulva, vagina, pénis e orofaringe7, está associada a 99% de todos os casos de cancro do colo do útero.8 

Através da administração de vacinas a raparigas e rapazes (já que ambos os sexos contribuem para a propagação do HPV), do rastreio e do tratamento, a eliminação do cancro do colo do útero está ao nosso alcance. Recentemente, foram dados passos significativos no sentido da eliminação do cancro do colo do útero, possíveis através do estudo aprofudado do papilomavírus humano (HPV).  

A partir de 1940, o teste de Papanicolau revolucionou o rastreio do cancro do colo do útero, reduzindo, em pelo menos 65 por cento, as taxas de cancro nos países que o utilizavam. Ainda assim, certos países não dispõem de recursos (humanos e materiais) e formação para implementar este teste, sendo que a sensibilidade do Papanicolau é relativamente baixa quando comparada com as mais recentes tecnologias de rastreio de elevada precisão. A carga da doença encontra-se maioritariamente em países de rendimento baixo e médio, nos quais as mulheres são frequentemente diagnosticadas com cancro do colo do útero numa fase mais avançada, numa altura em que a oportunidade de cura é mais desafiante.9

Atualmente, na era de tecnologias inovadoras, a utilização de testes baseados em biomarcadores está a transformar as estratégias de rastreio sendo a gestão dos doentes cada vez mais baseada no risco de desenvolver uma patologia.

Os testes de diagnóstico, baseados na sequenciação de nova geração em amostras líquidas ou em tecido, assim como os biomarcadores, disponibilizam informação importante aos profissionais de saúde; eles permitem a deteção precoce de doenças que podem ser facilmente tratadas e a identificação de tipos específicos de HPV. As ferramentas digitais de análise de imagem ajudam a padronizar e a tornar mais eficiente as decisões de diagnóstico. Têm sido implementadas em algumas regiões geográficas e a sua importância na gestão do doente continua a aumentar O objetivo, em cada etapa, é dar prioridade à saúde das mulheres e reduzir o potencial de sub ou sobre-tratamento de doentes com base em resultados de testes inconclusivos.

As novas tecnologias contribuem em larga medida para o objetivo da OMS de eliminar o cancro do colo do útero através da implementação de uma estratégia de vacinação, rastreio e tratamento direcionado o que poderia reduzir os novos casos da doença em 40% e 5 milhões de mortes relacionadas até 205010. A OMS recomenda testes de ADN de HPV a todas as mulheres para detetar estirpes de alto risco de HPV, que causam quase todos os cancros do colo do útero, mas são necessárias ações globais urgentes para atingir este objetivo.

Conhecer o risco de cancro do colo do útero, antes que se transforme em algo mais grave, pode salvar vidas.

À medida que a população vacinada contra o HPV continua a aumentar, torna-se evidente a crescente importância de se estabelecerem parcerias com prestadores de cuidados de saúde com vista à melhoria da saúde das mulheres, através da monitorização daquelas com um risco aumentado de desenvolver cancro do colo do útero. Para que isso seja possível, os laboratórios dependem de tecnologias de última geração, mais fiáveis, que permitem ajudar no rastreio e assim evitar que as mulheres desenvolvam cancro do colo do útero.

Prevenção da diabetes

Mais de 463 milhões de pessoas sofrem de diabetes a nível mundial1.Em 2019, estima-se que 4,2 milhões de mortes foram diretamente causadas pela doença e pelas suas complicações secundárias2. Além do sofrimento humano, prevê-se que a carga económica global da diabetes suba para um valor estimado em 845 mil milhões de dólares até 2045. O chamado custo indireto da diabetes acrescenta um total de 35% às despesas globais com os cuidados de saúde associados a esta patologia.

A diabetes tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos, afeta o organismo na regulação e utilização de glicose. Esta condição crónica resulta em elevados níveis de glicose na corrente sanguínea que podem originar perturbações no sistema circulatório, nervoso e imunitário. Uma gestão eficaz da glicose no sangue através de uma monitorização frequente da glicemia, uma dieta saudável e a atividade física regular para manter um peso saudável, bem como medicação, podemreduzir em 40% o risco de doenças cardiovasculares, oculares, renais e nervosas.3.

A determinação dos níveis de glicose no sangue é uma ferramenta importante para a prevenção e monitorização da diabetes. A diabetes pode ser avaliada através do doseamento da glicemia em jejum, de uma prova de tolerância à glicose oral, ou da determinação da hemoglobina glicosada, a qual traduz a glicemia durante os últimos dois a três meses. Um outro terceiro tipo de teste - conhecido como glicemia em jejum - pode ser feito em jejum, apenas sendo permitido o consumo de água, durante um certo período de tempo. Medir os níveis de glicose no sangue e tratar as pessoas com valores elevados através de programas intensivos de mudança de estilo de vida pode reduzir a probabilidade de desenvolverem a diabetes, o que pode resultar em maior tempo e qualidade de vida4.

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