O acesso a diagnósticos precoces melhora a qualidade dos cuidados de saúde

Um diagnóstico precoce e personalizado ajuda a criar planos de tratamento informados, o que pode melhorar os cuidados prestados aos doentes. Isto, por sua vez, pode impulsionar o desempenho geral dos nossos sistemas de saúde.

O acesso às informações corretas no momento certo contribui para melhores resultados de saúde. Munidos de informações precisas e práticas obtidas a partir do diagnóstico precoce, os médicos podem, em alguns casos, prevenir ou conter doenças mais graves. Estas informações de diagnóstico também permitem que os doentes tomem decisões mais informadas e discutam com os seus médicos as opções de tratamento mais eficazes – como a opção de participar em ensaios clínicos para algumas doenças.

Ter informações precisas no início do percurso clínico de um doente pode ajudar a responder a várias das perguntas mais urgentes dos doentes, tais como: Qual a gravidade da minha doença? O que devo esperar do meu tratamento? Se tiver uma infeção, o meu tratamento irá eliminá-la ou impedir-me de espalhar a infeção? Como posso prevenir ou abrandar a progressão da minha doença?

Em alguns casos, o diagnóstico precoce pode ajudar a responder a estas questões, aumentar potencialmente as hipóteses de sobrevivência do doente – ou mesmo de cura – e aliviar a carga emocional e financeira da doença.

Um leque emergente de ferramentas e tecnologias de diagnóstico inovadoras permite uma análise mais precisa do estado de saúde dos doentes e pode reduzir a necessidade de testes ou procedimentos mais invasivos. A automatização, inteligência artificial, patologia digital e inovações personalizadas na área dos cuidados de saúde, como testes de biomarcadores e biópsias líquidas, permitem aos médicos hoje em dia identificar e tratar rapidamente muitas doenças.

Os painéis oncológicos permitem a partilha de conhecimentos especializados sobre oncologia e a aprendizagem entre especialistas em cancro de centros locais, nacionais e globais. As equipas médicas utilizam os painéis oncológicos para partilhar recursos científicos e técnicos, solicitar aconselhamento técnico, participar em formações e resolução de problemas em conjunto, entre países e regiões – presencial e virtualmente.

Os testes com alta sensibilidade proporcionam aos doentes um aviso prévio, claro e rápido de potenciais problemas cardíacos, tais como o enfarte do miocárdio (ataque cardíaco). Os resultados de um teste com alta sensibilidade podem reduzir em 80 minutos o tempo dos doentes nas urgências, acelerando os tempos de resposta clínica dos profissionais de cuidados de saúde e ajudando a gerir melhor os custos para o sistema.

Alguns países estão a divulgar informações sobre a importância dos testes de diagnóstico junto das pessoas. Através de campanhas nacionais de sucesso em torno do diagnóstico e exames precoces, Taiwan está a tornar-se um exemplo para outros países.

A doença hepática é um problema grave de saúde pública em Taiwan. Cerca de 20% dos adultos estão infetados com hepatite B (VHB) e 5% com hepatite C (VHC). A Liver Disease Prevention and Treatment Foundation (Gan Ji Hwei) – uma das associações de doentes mais bem-sucedidas da Ásia – está a tomar medidas. Realiza campanhas de sensibilização e educação dos doentes e workshops, bem como promove programas gratuitos de rastreio, diagnóstico e tratamento. Desde 2019, são disponibilizados testes gratuitos de VHB e VHC para todas as pessoas em Taiwan com idades compreendidas entre os 45 e 79 anos; uma iniciativa que levou a um declínio do cancro do fígado.

O CEO Yang Pei-Ming, também professor emérito de medicina interna do Hospital Universitário Nacional de Taiwan, explica o foco «transformador» da fundação: «Quase 80% dos casos de cancro do fígado estão associados à infeção crónica por VHB ou VHC, portanto, o tratamento e controlo do curso da infecção pode ajudar a prevenir a doença»

Após receber o diagnóstico do cancro, recorda Yvonne: «Fui para casa com uma nova realidade na minha vida. Tinha tantas perguntas: O que significa o relatório de patologia? O meu plano de tratamento é o correto? Existem outras opções de tratamento ou recomendações? O que posso fazer para me curar?»

Bernard diz: «Reconheço que há realmente uma necessidade de mudar. Aquilo que decidi mudar, primeiramente, foi ouvir o meu corpo. Muitas vezes, não prestamos atenção suficiente... se tiverem dúvidas sobre sintomas, se notarem que algo mudou, não desvalorizem e tratem disso o mais cedo possível.»

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