Mais de metade dos portugueses entende que pandemia dificultou o acesso à saúde

Mais de metade da população portuguesa considera que a pandemia de Covid-19 dificultou o acesso a cuidados de saúde. A população mais idosa e os doentes crónicos são quem mais manifesta essa dificuldade.

As conclusões constam do estudo “Acesso a cuidados de saúde em tempos de pandemia”, da responsabilidade da GFK Metris e que foi promovido pelo Movimento Saúde em Dia - Não Mascare a Sua Saúde, uma iniciativa da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) e da Ordem dos Médicos, em parceria com a Roche.

Apresentamos algumas das principais conclusões do estudo:

  • 57% dos portugueses consideram que a pandemia dificultou o acesso a cuidados de saúde;

  • 692 mil portugueses não realizaram, durante a pandemia, uma consulta médica que estava marcada; a quase totalidade das consultas não realizadas foi desmarcada pelas unidades de saúde;

  • 210 mil portugueses que se sentiram doentes durante a pandemia não recorreram a cuidados de saúde;

  • 40% dos portugues diz que recorreria de certeza a cuidados de saúde durante a pandemia em caso de necessidade; 35% afirma que só recorria a cuidados de saúde se a situação fosse grave; mais de 22% indica que “provavelmente recorreria” a cuidados durante a pandemia;

  • Cerca de metade da população diz sentir-se segura no acesso a cuidados de saúde. Os que manifestam insegurança referem o receio de contágio como principal justificação.

Com milhares de atos médicos em suspenso durante a fase inicial da pandemia em Portugal, os serviços e unidades de saúde recorreram muitas vezes a contactos à distância com doentes ou utentes.

Dado que a medicina à distância em sido muito referida no contexto dos cuidados de saúde desde que a Covid-19 entrou na nossa vida coletiva, o estudo tentou também perceber qual a experiência dos portugueses com a telemedicina:

  • 9% dos portugueses (699 mil) tivera uma consulta médica à distância;

  • 95% destas consultas por telemedicina foram por telefone, o que significa que quase todas foram uma não-efetiva consulta de telemedicina;

  • Menos de 5% dessas teleconsultas envolveram transmissão de imagem;

  • Dois terços do que tiveram consultas à distância afirmam que gostariam de ter tido contacto presencial. Uma observação mais completa e maior qualidade no atendimento são os motivos apontados para essa preferência.

 

Mais dados sobre o estudo à população elaborado pela GFK Metris para o Movimento Saúde em Dia podem ser seguidos em

O estudo quantitativo foi realizado, com base em questionários presenciais, entre 28 de agosto e 7 de setembro. A amostra foi constituída por mais de mil pessoas a partir dos 18 anos e residentes em Portugal Continental, sendo a amostra representativa da população portuguesa.

A Ordem dos Médicos e a APAH, em parceria com a Roche, apelam a todos os portugueses para que estejam atentos a sinais ou sintomas de alerta e recorram ao médico em caso de necessidade.

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