Roche e Beta-i unem-se para encontrar soluções digitais que melhorem a vida de pacientes com Demência e Alzheimer

Cerca de 100 startups nacionais e internacionais responderam ao desafio de criar projetos piloto para soluções com impacto real e imediato na área da demência, incluindo a Doença de Alzheimer, no âmbito de um projeto lançado pela Roche e pela consultora Beta-i.

Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia é o nome da nova iniciativa que junta várias entidades do setor da saúde Portugal e startups de várias partes do Mundo, para desenvolver soluções digitais e serviços capazes de trazer mais qualidade de vida às pessoas com demência e Doença de Alzheimer.

Durante o período de candidaturas, que terminou em dezembro, cerca de 100 startups apresentaram os seus projetos. Agora, as candidaturas serão avaliadas e serão selecionados alguns dos projetos que farão uma apresentação mais detalhada perante uma equipa de avaliadores.

Durante os próximos meses, a Roche, a Luz Saúde, o Hospital Lusíadas, a CUF, o Hospital de São João, o Campus Neurológico Sénior, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, bem como a Microsoft, a EIT Health, a BIAL, a AWS, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Champalimaud e a Alzheimer Portugal trabalharão em conjunto com as startups selecionadas.

Até setembro de 2022, as startups estarão focadas em trabalhar em soluções adaptadas a três desafios-chave previamente estabelecidas pelos parceiros:

  • educação e prevenção da doença, nomeadamente soluções que combatam o estigma em torno da Demência e que ajudem a preparar a sociedade para prevenir, detetar e lidar com a doença;

  • diagnóstico precoce e melhorado, com foco em tecnologias que permitam diagnosticar mais cedo, mas também melhor: de forma menos invasiva, mais rápida e eficaz, mas também mais compreensiva, avaliando o doente para um cuidado personalizado e humano;

  • gestão da doença e apoio a doentes e cuidadores, com foco em ferramentas que apoiem doentes e familiares a viver com e a gerir a doença e ajudem equipas a proporcionar um cuidado integrado em torno do doente.

Em setembro, cada solução desenhada na fase de ‘bootcamp’ será depois testada no contexto real e apresentada ao ecossistema de Saúde.

Após o primeiro ano de ação, o Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia tem uma ambição a cinco anos em que pretende evoluir e juntar novas entidades do sector da saúde.

Tendo em conta que a proporção de idosos na população está a aumentar em quase todos os países, o número de pessoas que sofrem de Demência deverá aumentar para 78 milhões em 2030 e 139 milhões em 2050, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Neste campo, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência e pode ser um desafio para diagnosticar numa fase precoce. Dados do Relatório da Alzheimer Europe mostram que existem cerca de 46 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo. Já em Portugal, existiam cerca de 194 mil casos de demência, com predominância para a Doença de Alzheimer, em 2018 – número que deverá duplicar nos próximos anos.

A capacidade global para tratar a demência é limitada, por isso surge a necessidade de cooperação entre todos os intervenientes no ecossistema, desde prestadores de saúde, a associações, a parceiros de conhecimento e tecnologia.

De acordo com André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche Farmacêutica em Portugal, o Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia é um exemplo de como o trabalho de colaboração é essencial na área da saúde.

Segundo André Gonçalves, Gestor do Programa e Consultor Sénior na na Beta-i: “em conjunto com a Roche, estamos a atrair as melhores startups do sector da saúde e a criar um contexto que permitirá a stakeholders no mundo da Demência e na doença de Alzheimer co-desenvolver soluções num ambiente único de inovação aberta. Através da nossa metodologia colaborativa, conseguiremos assim criar uma comunidade que venha fazer face a desafios concretos, que promova melhorias na vida das pessoas com Demência, assim como na vida de quem as rodeia, e esclareça dúvidas, quer ajudando na vida quotidiana da comunidade: do diagnóstico precoce ao restante percurso do doente.”