Cancro do fígado – A doença silenciosa

É vital aumentar o conhecimento sobre cancro do fígado, permitindo que as pessoas em risco sejam detetadas, contribuindo, assim, para o diagnóstico precoce.

O fígado é um órgão essencial, sendo a central de processamento químico do corpo. É crucial para remover toxinas, bem como para distribuir e armazenar nutrientes essenciais. Tem múltiplas funções: produção de proteínas e fatores de coagulação, de colesterol e triglicéridos.

O fígado mostra uma capacidade única de se regenerar a si próprio, mesmo quando danificado pelas toxinas que processa. Mas não é indestrutível.

Há factores de risco – genéticos ou de estilos de vida – que contribuem para uma incidência crescente do cancro do fígado, numa altura em que muitos outros casos de cancro vão decrescendo.

Existem poucas opções de tratamento para pessoas diagnosticadas numa fase avançada de cancro do fígado, especialmente para as pessoas com carcinoma hepatocelular (CHC), o tipo primário e maioritário, que é responsável por 90% de todos os casos.

O cancro do fígado é mesmo um dos poucos cancros que estão a aumentar. Hoje em dia é o sexto tipo de cancro mais frequente em todo o mundo.

O cancro do fígado é o quarto tipo de cancro mais mortal em todo o mundo, tendo sido responsável por mais de 780 mil mortes só em em 2018.

O número de novos casos da doença e o impacto na mortalidade podem ser consultados

O consumo excessivo de álcool surge muitas vezes associado a problemas de fígado e como um gatilho para esta doença oncológica. Mas outras causas podem explicar o aumento de incidência desta doença.

A nível global, o factor de risco mais comum para o carcinoma hepatocelular é a hepatite viral, que pode causar inflamação do fígado.

A hepatite B crónica representa aproximadamente 50% de todos os casos de CHC e a maioria dos casos de CHC infantil, com impacto sobretudo na Ásia.

Mas também o estilo de vida, sobretudo a alimentação, se apresenta como fator com mais relevo e peso nesta patologia.

Um factor de risco cada vez mais importante para o desenvolvimento de CHC é a doença hepática gorda não alcoólica, ligada a alimentos gordos e à obesidade.

Na Europa, cerca de 10 em cada mil homens e duas em cada mil mulheres irão desenvolver cancro do fígado em algum momento da sua vida.

A dieta urbana moderna é uma dieta rica em gorduras. O fígado gordo, em si mesmo, danifica o fígado, causando inflamação, cirrose, podendo desencadear cancro.

A prevenção é a melhor forma de evitar o carcinoma hepatocelular. Limitar fatores de risco é essencial, como por exemplo a vacinação universal de recém-nascidos e grupos de risco contra o vírus da hepatite B, mas também políticas anti-tabágicas, prevenção do alcoolismo e de combate à obesidade.

Ser confrontado com um diagnóstico de cancro pode ser devastador. Mas muito pior será ter um cancro do fígado sem qualquer diagnóstico.

Muitos casos de cancro do fígado são diagnosticados numa fase avançada, geralmente quando os sintomas aparecem. Nos casos de cancro avançado, apenas 50% das pessoas sobreviverão mais de um ano após o diagnóstico.

Se diagnosticado precocemente, pode ser possível remover completamente o cancro.

O diagnóstico de cancro do fígado pode ser obtido através de exame físico e análises ao sangue, em conjunto com exames de imagem (ecografia, TAC ou ressonância magnética) hepática). Pode ainda ser necessário recorrer a uma biópsia ao fígado.

No caso de ter fatores de risco ou suspeitar de sintomas que possam estar ligados a cancro do fígado, deve contactar o seu médico de família ou o seu médico assistente.

Os tratamentos disponíveis são ainda limitados, sobretudo se a doença for diagnosticada numa fase já avançada.

As opções de tratamento actuais incluem:

  • Cirurgia

  • Transplante de fígado

  • Tratamentos Locais de Radiofrequência/Térmicos e Injeção de Álcool (Destruição de células cancerígenas com calor ou frio)

  • Quimioembolização, que envolve o bloqueio de células sanguíneas no fígado que fornecem o tumor (consiste na injeção, na corrente sanguínea local do tumor, de micropartículas farmacológicas com efeito químico e oclusivo dos vasos, resultando também na destruição dos tecidos tumorais)

  • Destruição de células cancerígenas com calor ou frio

  • Radioterapia

  • Terapias medicamentosas específicas

Os recentes desenvolvimentos no rastreio, vacinas e novos tratamentos representam avanços. Mas, com mais de 756.000 novos casos de carcinoma hepatocelular diagnosticados todos os anos a nível mundial, é urgente e necessária mais investigação e compreensão desta doença complexa.

Na Roche, acreditamos que as pessoas com cancro do fígado merecem mais opções. A nossa esperança para o futuro é ser uma ajuda para aqueles que dela necessitam.

A Roche está empenhada em contribuir para o combate à doença do fígado ao longo de todo o percurso da patologia, com o objetivo final de, no futuro, podermos conseguir travar esta doença.

ContactosPelo MundolinkedinfacebooktwitterinstagramyoutubeProfissionais de SaúdeSobre nósSoluções TerapêuticasTrabalhar na RocheFarmacovigilânciaPolítica de PrivacidadeTermos LegaisPolítica de Cookies