As demências são já hoje uma pandemia

Mais de 150 milhões de pessoas terão demência em todo o Mundo em 2050. Em menos de três décadas, os números vão, portanto, triplicar, segundo as estimativas oficiais.

Para o neurocientista Paulo Fontoura, da Roche, as demências são neste momento uma pandemia lenta, que se vai tornando progressivamente pior e que irá atingir-nos a todos, seja enquanto doentes, familiares ou cuidadores.

“Como cientista não gosto muito de imagens demasiado dramáticas. Mas a verdade é que o terramoto já aconteceu e o tsunami [das demências] vem aí, mesmo que demore algumas décadas a chegar. É inevitável. E as sociedades têm de se preparar e ser mais resilientes e adotar mecanismos para adotar os sistemas de saúde e de cuidados”.

A outra parte da solução é através da ciência: “Há cada vez maior compreensão das doenças do cérebro e já sabemos muito sobre o que causa Doença de Alzheimer e demências e iremos progressivamente saber cada vez mais”.

Paulo Fontoura, Senior Vice President da Roche, lembra ainda que cerca de metade dos fatores de risco para a Doença de Alzheimer estão ligados a estilos de vida, sendo necessário controlar, por exemplo, o risco cardiovascular ou metabólico como parte da solução para o problema das demências.

“O que define o que somos, o que é único em cada um de nós, aquilo que é o nosso brilho interior é algo que reside no nosso sistema nervoso. As doenças do cérebro roubam algo que é muito íntimo e particular”.

Para Paulo Fontoura, nunca antes houve um tempo tão necessário para nos dedicarmos à investigação para descobrir curas, diagnósticos e tratamentos para as doenças do cérebro. Não só porque a nossa longevidade faz aumentar a prevalência destas doenças, tornando as demências um desafio multigeracional, mas também porque a ciência tem avançado a um ritmo sem precedentes.

O neurocientista focou também a necessidade de um diagnóstico mais precoce na área das demências, de mais terapias direcionadas, e, complementarmente, de soluções digitais que ajudem a gerir clinicamente a situação dos doentes.

Aliás, o próprio Building Tomorrow Together, da Roche, é uma iniciativa que se enquadra precisamente na procura de soluções digitais que melhorem a vida de pacientes, famílias e cuidadores.

Assista a excertos da intervenção de Paulo Fontoura na sessão pública do programa Building Tomorrow Together – Innovation in Dementia.

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