A voz dos vencedores da 6ª edição das Bolsas de Cidadania

Reconhecimento. Luta contra o desamparo humano. Persistência e empenho. Capacitação de doentes e cuidadores.

São estes os sentimentos partilhados pelas associações que venceram a edição de 2020 das Bolsas de Cidadania Roche, uma iniciativa para fomentar a participação dos cidadãos nos processos de decisão em saúde, a informação dos doentes sobre os seus direitos, assim como a sua participação nas decisões individuais de tratamento.

No Douro Sul, há “uma tempestade silenciosa que afasta os sorrisos: A desertificação humana.”

O Aldeias Humanitar é um conceito de intervenção humanitária de saúde e amparo social, focado na minimização dos impactos do envelhecimento e diminuição da população e a consequente vulnerabilidade das estruturas de apoio familiar.

A região abrange 10 concelhos com cerca de 100 mil habitantes. É conhecida por paisagens deslumbrantes, mas o envelhecimento e redução populacionais trouxeram um problema que se agrava: o desamparo humano.

Um “desamparo agravado pela impossibilidade das atuais soluções da comunidade e do Serviço Nacional de Saúde de darem resposta a todas estas novas necessidades”, indica a Associação Aldeias Humanitar,

“Com a atribuição da Bolsa de Cidadania da Roche, o Aldeias Humanitar conseguirá dar mais estrutura e dimensão ao trabalho que já faz, permitindo ir mais longe e estar em casa de mais pessoas. A Roche, com a atribuição desta bolsa ao projeto Humanitar – Cidadania em Saúde, associa-se à luta contra o desamparo humano”.

Além de amparar os cidadãos, este projeto pretende promover a literacia em saúde, com especial preocupação com a doença crónica no contexto da pandemia de Covid-19.

Para a SPEM, a conquista desta Bolsa de Cidadania é o “culminar de um sonho perseguido pela há já muito tempo”. Um sonho alcançado graças ao “labor incansável de muitos que, antes, tiveram boas ideias e ousaram propô-las”.

“Esperamos que a nossa proposta seja transformadora na vida de muitas famílias com esclerose múltipla”, refere a SPEM.

Este projeto visa capacitar pessoas desempregadas com Esclerose Múltipla (EM), de forma a torná-las capazes de se reinserirem no mercado de trabalho. O projeto também abrange os cuidadores e suas famílias. Propõe identificar as pessoas e seu ambiente, projetar currículos para os cursos e formações e tentar facilitar a inserção das pessoas com EM no mercado de trabalho e fazer uma monitorização e acompanhamento. O objetivo é capacitar uma centena de pessoas: 40 pessoas com EM e 60 cuidadores e familiares.

“Sofrer um dano cerebral grave, vira ao contrário a vida do próprio e da família, mas é possível voltar a viver e ser feliz”.

Este apoio dado pela Novamente a traumatizados crânio-encefálicos e suas famílias já tem um longo caminho percorrido.

Mas a Bolsa de Cidadania “vai dar um ‘boost’” ao trabalho que tem sido desenvolvido no apoio a quem sofre um dano cerebral grave. Ajudar à sua reconstrução enquanto pessoa, potenciar a sua autonomia e exercitando a sua convivência social.

O objetivo é, em si, um dos mais valiosos do mundo: recuperar a felicidade e a qualidade de vida.

O projeto da Novamente propõe apoiar pessoas com dano cerebral adquirido através de grupos de entreajuda, que funcionem com regularidade, sendo apoiadas e motivadas por um conjunto de profissionais.

Reconhecimento e viabilidade financeira. É desta forma que a Fundação Rui Osório de Castro sintetiza o significado da Bolsa de Cidadania.

“Esta bolsa é a prova de que o júri deste concurso reconheceu e acredita neste projecto, o que nos deixa muito felizes. E em termos financeiros viabiliza a sua produção e distribuição gratuita para o nosso público alvo”.

O projeto passa por disponibilizar às famílias, no momento do diagnóstico, um livro que as ajude numa altura particularmente crítica das suas vidas. Pretende ser um auxílio num momento em que qualquer pai ou familiar sente toda a vida virada do avesso: o momento do diagnóstico de uma criança com cancro.

“É um projecto para nós muito querido. Surgiu de um desafio feito à Dra. Maria de Jesus Moura, porque não tínhamos nenhuma publicação disponível que lhes permitisse compreender melhor os desafios de comunicação, comportamentais e emocionais com que se vão deparar na vivência do cancro na criança e na família. Alertar e capacitar estas famílias a este nível é fundamental para o seu bem estar. Queremos deixar a nota de que este livro não substitui o necessário acompanhamento psicológico a que qualquer elemento destas famílias pode e deve recorrer sempre que necessário”, refere a Fundação.

Promover a qualidade de vida, o bem-estar psicológico, social e físico da pessoa cuidadora é o objetivo deste projeto.

Os responsáveis da TAIPA entendem que a Bolsa que conquistaram significa o reconhecimento e valorização deste projeto, além de permitir a sua sustentabilidade.

O apoio financeiro permitirá continuar em 2021 o apoio a cuidadores no concelho de Odemira, através de suporte e acompanhamento de cuidadores formais e informais.

As famílias das crianças e jovens com Perturbações do Neurodesenvolvimento são diariamente confrontadas com dificuldades intermináveis. A Habilitar trabalha para apoiar estas famílias.

Além do apoio financeiro, a Bolsa trouxe à Habilitar uma “motivação para continuar”. É um reconhecimento que serve de motor a prosseguir o seu trabalho

“O nosso projeto tem como objetivo construir uma ferramenta digital - "Hábil - que permita identificar, numa faixa etária crucial, lacunas no neurodesenvolvimento passíveis de comprometer a aprendizagem académica”.

Trata-se de uma ferramenta que pode ser crucial para a identificação de dificuldades, treino e desenvolvimento dos pré-requisitos da leitura, escrita e matemática em crianças entre os 3 e os 6 anos diagnosticadas com Perturbações do Neurodesenvolvimento (PND).

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