“Guardar memórias tornou-se uma coisa urgente”
A história inspiradora de uma cuidadora
Cristina Ventura é cuidadora da mãe, que há oito anos vive com diagnóstico de demência, mais concretamente Doença de Alzheimer.
Num primeiro momento, após o diagnóstico, revolta foi a palavra que invadiu a sua vida. Hoje, depois de uma caminhada de aceitação, aprendizagem e formação, Cristina entende que “é muitíssimo bom ser cuidadora”.
Filha única, Cristina Ventura perdeu entretanto o pai e tornou-se a cuidadora que restava. Decidiu deixar de trabalhar para dar mais de si à mãe e aproveitar o mais possível o tempo que têm juntas.
Com a doença numa fase mais avançada, a mãe encontra-se já numa instituição. Mas Cristina continua a programar dias ou semanas em que acolhe a mãe na sua casa.
A pandemia foi um impulso para a criação destas oportunidades:
“Dois meses depois de entrarmos em confimaneto, decidi ficar com a minha mãe. Foi um desafio, sim, mas foi um prazer enorme, foi muiito gratificante. Brincámos muito, dançámos muito, cantámos as músicas do tempo dela, encontrámos forma de, as duas, termos prazer a fazer coisas juntas. Foram momentos inesquecíveis. E aproveitei para fazer uma coisa que antes não era urgente: fotografar, filmar e guardar mémorias.”
Também por si e para si, Cristina começou uma acervo das suas memórias, as memórias de quem é como pessoa, das coisas de que gosta, dos momentos bons da vida.
Assista, abaixo, à entrevista a Cristina Ventura. Poucos minutos, para uma história que tanto tem para nos ensinar.
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