Vida após o cancro: não adie os seus exames

Desde o seu diagnóstico de linfoma avançado, em 2014, Vince Tarantola passou todas as manhãs a ver o sol nascer sobre as montanhas com os seus cachorros, Spike e Stassi.

«Ver o nascer do sol todas as manhãs é importante para mim – vivemos mais um dia com todos os desafios que enfrentamos. É um sinal de esperança e possibilidades.»

Agora livre de cancro há mais de sete anos, Vince nunca deixou o linfoma comandar a sua vida. «Sempre controlei o cancro. Nunca senti que ele me estivesse a controlar.»

Vince estava de luto pela perda da sua amada mãe, Philomena, que morreu de cancro da bexiga quatro meses antes, quando começou a notar mudanças no seu corpo. Sentia dores no estômago. Acordava de noite encharcado em suor. Algo não estava bem.

Os testes de diagnóstico determinaram que Vince, então com 46 anos, tinha um linfoma não Hodgkin maligno, que se tinha espalhado para o seu estômago e abdómen. Este tipo de cancro tem início nos glóbulos brancos do sangue, uma parte importante do sistema imunitário do organismo.1

Quando o primeiro médico que consultou sugeriu uma cirurgia de emergência a meio da noite, Vince manteve-se calmo. Em vez disso, pediu para ser visto pelo oncologista da sua mãe, que lhe recomendou uma via diferente – medicação para tratar o cancro, sem cirurgia.

«Tem de se defender a si mesmo - a nível mental, físico, emocional e espiritual. A última palavra é sua. Nunca desista de ter esperança. O cancro é um adversário de peso, mas isso não significa que seja ele a vencer. Levante-se todas as manhãs e combata-o por todos os meios.»

Os meses que se seguiram ao diagnóstico não foram fáceis, mas o pensamento positivo e o engenho de Vince permitiram-lhe continuar em frente. Os dois cães dóceis que ele e a sua esposa Yvette tinham resgatado das ruas deram-lhe consolo e companhia. Durante os dias mais desafiantes, o Spike sentava-se junto de Vince no chão da sala de estar.

Vince, que está em remissão desde 2015, nunca falha uma consulta de acompanhamento com seu oncologista. Os intervalos de monitorização do sangue e exames passaram de poucos meses para uma vez por ano.

«Como sabemos, identificar algo precocemente é fundamental, por isso não adie as suas consultas médicas. Faça análises ao sangue. E se algo não lhe parecer bem entre as consultas, contacte o seu médico. Ninguém conhece o seu corpo melhor do que você.»

Como parte de sua recuperação, Vince presta apoio a outros doentes de cancro. «Foi depois de perder o meu amigo Eric, a quem foi diagnosticado um cancro no cérebro alguns meses depois do meu diagnóstico. Pensei: “Perdi a minha mãe e o meu melhor amigo. As pessoas próximas de mim estão a morrer. Porque é que eu ainda aqui estou?” Foi aí que me apercebi de que deveria estar aqui para ajudar a deixar algo para o futuro.»

Vince partilha dicas sobre como minimizar os efeitos secundários do tratamento e incentiva os doentes a fazerem exercício e a comerem de forma saudável quando possível. Partilha citações inspiradoras do filme Rocky – o seu filme favorito – e piadas engraçadas através de mensagens de texto.

Todos os dias, Vince encontra formas de espalhar o otimismo.

«Acredito que estou aqui para fazer a diferença na vida das pessoas. O diagnóstico de cancro já não é o que costumava ser. Não deixe que isso defina quem é. Há opções. Há possibilidades. Há investigação. Há esperança. Há muito apoio e não está sozinho.»

Referências

  1. Leukemia & Lymphoma Society. [Internet; citado julho 2022] Disponíve em https://www.lls.org/lymphoma/non-hodgkin-lymphoma

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