A saúde digital está a mudar a forma como prevemos, monitorizamos, gerimos e tomamos decisões sobre saúde. Seja através de dispositivos médicos, de apoio à decisão clínica, de inteligência artificial ou de tecnologia mais “portátil” e voltada para o consumidor, a revolução digital está mesmo a acontecer.
André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche Farmacêutica em Portugal, participou no debate sobre “Transição Digital na Saúde” na Conferência de Valor da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. E sublinhou que a Roche, nas suas três divisões (Farmacêutica, Diagnósticos e Diabetes), já começou esse caminho.
O Diretor-Geral da Roche partilhou algumas das aprendizagens deste caminho que a Roche está a percorrer, começando por sublinhar a importância de definir conceitos no que respeita ao digital.
São três as grandes áreas definidas pela Roche. Primeiro, a componente da interação e da participação, que contempla também a educação da população em geral, também através das redes sociais. Depois, a área dos sistemas e ferramentas de dados, a sua colheita, análise, interpretação e utilização de inteligência artificial. A terceira área é a que abrange conceitos como a telemonitorização, telemedicina ou dispositivos portáteis.
Para André Vasconcelos, é ainda essencial para a transição digital que se trabalhe na interoperabilidade dos sistemas, assegurando que não se perdem dados úteis porque os sistemas não comunicam uns com os outros.
Outros dos enormes desafios passa pela literacia digital, educando, formando e apoiando a população. Inclusivamente mostrando qual o valor que o digital pode trazer ao utente e ao cidadão.
E o que está já o digital a fazer por nós? O digital pode ajudar-nos a todos, enquanto sistema de saúde e país, a encontrar maior eficiência, a dar-nos dados que permitam ter melhores abordagens terapêuticas e até ao financiamento da saúde baseado em resultados e em valor para o doente.
A tecnologia digital pode ajudar a detetar o risco de doença, a prever a forma como uma doença pode progredir e ainda a permitir a decisão de tratamento correta. Por outro lado, o software digital de saúde permite aos doentes um maior controlo sobre algumas condições crónicas, possibilitando tanto a médicos, como doentes, uma monitorização dos progressos dos tratamentos.
E as ferramentas de saúde digitais permitem obter resultados baseados em dados que apoiam decisões que podem mudar e melhorar a nossa vida.
No fundo, os dados captados pelas ferramentas digitais vão permitir decidir como investigar mais e melhor para servir melhor os doentes e as pessoas.
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