OS NOVOS HERÓIS DO DIA A DIA

Condicionados por uma pandemia global, pessoas e organizações tiveram de se reinventar para conseguirem “sobreviver” e continuar a prestar os seus serviços. Com as restrições , os verdadeiros heróis passam a ser aqueles que efetivamente fazem o mundo continuar a rodar!

Num contexto que parecia impossível, no início de março, a Roche Portugal encerrou o seu edifício e cerca de 300 pessoas passaram a trabalhar de casa. O processo foi tão tranquilo que quase parece que nada aconteceu… No entanto, sem o trabalho de alguns, a suavidade dessa mudança não teria sido possível!

João Matos -Service Desk Coordinator

13 anos na Roche

Em casa desde 17 março, João Matos foi um dos últimos a sair do edifício, na Amadora. Recorda a correria da equipa de IT (Informatic Technology), para conseguir garantir as infraestruturas necessárias para que as rececionistas pudessem trabalhar de casa, a urgência em criar uma “work station”, para quem, por qualquer razão, necessitasse de ir pontualmente ao escritório.

É inevitável perguntar como se consegue colocar uma empresa de cerca de 300 pessoas a trabalhar de casa, mas a resposta é serena, de quem confia no trabalho feito:

“A Roche tem um plano de contingência montado para que, em situações de calamidade ou catástrofe, sejam garantidas as atividades consideradas vitais para a companhia. Nesse plano, estão identificadas 90 pessoas como sendo cruciais para que a medicação e todos os dispositivos médicos possam ser disponibilizados aos doentes. Com o estado de emergência, foi necessário alargar esse plano para os quase 300 colaboradores da Roche em Portugal.”

Simples, se não esquecermos o desafio gigante que tiveram para assegurar que os sistemas se iriam comportar da forma esperada e suportar o volume a que passariam a estar sujeitos, dando suporte para que todas as pessoas estivessem ao mesmo nível na utilização das ferramentas.

Quando questionado sobre como se faz, remotamente, a integração de novos colaboradores, o João assume que foi mais um desafio, que “exigiu algumas deslocações ao edifício, para preparar os equipamentos e uma coordenação muito efetiva com os Recursos Humanos, no sentido de garantir que todos os novos colaboradores, e foram muitos, tinham todas as condições para começarem a trabalhar (equipamentos, formações)”.

A par de toda esta logística, “houve um aumento da necessidade de investir tempo no conhecimento mais profundo das ferramentas, de forma a que as comunicações enviadas para a companhia fossem úteis, objetivas e caminhassem ao encontro das necessidades dos utilizadores”.

Casado e com duas crianças pequenas, como se consegue conciliar um trabalho intenso de suporte com rotinas familiares tão exigentes?

“Estar em teletrabalho, numa área de suporte tão direto, com crianças pequenas em casa, é um desafio gigante. A necessidade de os acompanhar nas atividades, a gestão das refeições, as solicitações para as brincadeiras, tornam tudo muito difícil e desgastante.

No meu caso, em particular, associado ao facto de a minha mulher estar também em teletrabalho, estou a concluir uma pós-graduação ao final do dia, o que desequilibra um pouco a carga de partilha das tarefas e gera mais desgaste e maior cansaço.

Acabamos por estar mais horas ligados e não conseguimos ter pausas como tínhamos no escritório, para almoçar ou só tomar um café com os colegas.”

O que foi necessário deixar de fazer e que novas rotinas e tarefas passaram a fazer parte do dia a dia?

“Deixei de passear, de acampar, de fazer passeios de Jipe, deixei de conseguir estar com a minha mãe, reduzindo os contactos ao momento de lhe levar algumas compras, mas quase sem trocarmos muitas palavras;

Passei a ter de fazer as tarefas de casa, a cozinhar almoços, a ter de garantir a gestão das crianças o dia todo.”

Numa altura de início de desconfinamento, como será o regresso ao escritório? Que pensamentos surgem nesta fase?

“Para já, o projeto de transformação do edifício está parado, mas vejo um escritório diferente, com menos pessoas, menos contacto social, sem toda aquela alegria e animação nas horas do café ou dos almoços. Vejo um escritório que se vai ter de adaptar a estas novas formas de trabalhar e a uma manutenção desta vertente virtual.

Tenho pena, porque valorizo muito todo este contacto humano e estes momentos de socialização”

Após todo este tempo de liberdade condicionada, é imperativo perguntar qual a primeira coisa que o João gostaria de fazer se fosse descoberta uma vacina e a nossa vida voltasse à dita normalidade?

“Estar uma semana completamente sozinho de férias!”

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