O impacto invisível da Diabetes
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Mais de 55% das pessoas com diabetes sentem que a doença afeta significativamente o seu bem-estar emocional, um número que sobe para 64% entre as pessoas tratadas com insulina. Estes são alguns dos dados de um estudo realizado pela empresa GWI para a Roche e que revela o impacto significativo e muitas vezes invisível da diabetes no bem-estar emocional e mental das pessoas com diabetes.
Além destes dados, no que respeita ao impacto mental e ansiedade, 48% afirmam sentir um impacto mental associado à gestão diária da diabetes, com dois terços a referir também sofrer de ansiedade ou a expressar preocupação com o futuro. Estes números aumentam drasticamente para as pessoas tratadas com insulina: seis em cada dez sentem impacto mental, oito em cada dez sofrem de ansiedade ou vivem preocupadas com o futuro, e cerca de três em cada quatro teme que a sua situação piore com o tempo.
O isolamento e a solidão são também significativos nesta população. Segundo os inquiridos, o impacto da doença é sentido em várias esferas da vida tais como sair de forma espontânea (29%), sentir-se confiante de que o dia vai correr como planeado (60%), ter uma boa noite de sono (42%) ou assumir novas responsabilidades (36%), com três em cada dez pessoas com diabetes a assumirem que se sentem solitários ou isolados devido à doença.
“A gestão da diabetes é uma tarefa diária, com um custo emocional e mental que não podemos continuar a ignorar", afirma Roel Meeusen, Diretor-Geral da Roche Diagnósticos em Portugal. “Os resultados deste estudo em Portugal são um apelo claro. Mudar a perceção do público e reduzir o estigma poderá diminuir significativamente o isolamento e a discriminação sentidos, e melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Na Roche, estamos empenhados em promover um diálogo aberto e ações concretas para apoiar as pessoas com diabetes, indo além do controlo da glicemia para incluir o seu bem-estar emocional.”
Discriminação e incompreensão
O estudo aponta para a ausência de conhecimento da sociedade como um dos principais fatores que contribuem para o impacto mental. Neste âmbito, uma em cada cinco pessoas afirmou já se ter sentido discriminada ou julgada devido ao seu diagnóstico, um número que atinge uma em cada três nas pessoas tratadas com insulina, com 18% dos inquiridos a afirmar querer uma maior consciencialização e compreensão do público sobre a doença.
Um facto curioso é ainda apontado por estes resultados ao demonstrarem que um terço (1/3) das pessoas sem diabetes pensa que aquelas que têm diabetes têm uma qualidade de vida boa ou muito boa, demonstrando uma desconexão com a realidade sentida pela maioria dos doentes.
No que respeita ao apoio no local de trabalho, 25% dos inquiridos acredita que a diabetes teria um impacto negativo na sua capacidade de mudar de carreira; 20% considera que uma melhor compreensão da diabetes no local de trabalho melhoraria a sua vida; e 10% ainda se sentem insatisfeitos com o apoio que recebem no local de trabalho, número que sobe para quase uma em cada cinco nas pessoas tratadas com insulina.
É necessário que face a este grande desafio de saúde pública, decisores, profissionais de saúde e sociedade em geral reconheçam o “impacto invisível” da diabetes e trabalhem em conjunto para criar um ambiente mais informado e empático.
Em Portugal, o estudo inquiriu 683 utilizadores de internet com mais de 18 anos durante o mês de setembro de 2025. Deste grupo, 173 pessoas tinham diabetes (74 tratadas com insulina, seja Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2, e 93 com Diabetes Tipo 2 sem tratamento com insulina) e 510 pessoas não tinham diabetes.
Consulte aquia infografia do estudo.
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