Modelo de financiamento para tratar cancro do pulmão deve ser baseado em valor criado para os doentes

O IPO do Porto apresentou os primeiros resultados de um projeto que permite servir de base para criar um novo modelo de financiamento do cancro do pulmão, que passa por incentivos financeiros à excelência terapêutica, assistencial e de processo. Também os ganhos de qualidade de vida do doente devem passar a estar contemplados.

Estes resultados decorrem do projeto piloto Farol, no âmbito do 3 F - Financiamento Fórmula para o Futuro, iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com apoio da Roche e desenvolvimento da IQVIA.

O projeto Farol, desenvolvido no IPO do Porto, permitiu compreender os custos reais dos doentes com cancro do pulmão e, através disso, possibilitar o desenho de um modelo de financiamento alternativo para o futuro, mais ajustado aos custos reais. Atualmente, os hospitais são financiados através de um preço compreensivo mensal.

As conclusões do Farol apontam, assim, para uma revisão do preço compreensivo atualmente praticado, bem como o desenho de um novo modelo de incentivos financeiros que inclua resultados clínicos e não clínicos (excelência terapêutica, assistencial e processual).

No fundo, os modelos de financiamento devem estar ligados à promoção de ganhos qualitativos em saúde e passar, nomeadamente, por: incentivos às boas práticas clínicas, foco na melhoria da qualidade de prestação de serviços e foco na qualidade de vida do doente.

Este trabalho pode ainda servir de base para que no futuro haja um alargamento deste modelo a outras doenças oncológicas além do cancro do pulmão.

A apresentação dos resultados do projeto Farol, que decorreu na Conferência de Valor da APAH, foi feita por Marta Soares e Inês Castro, do IPO do Porto.

Na mesma sessão, o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Vítor Herdeiro, sublinhou que este projeto piloto é uma parte fundamental do caminho a seguir nos modelos de financiamento. Também a questão da qualidade de vida do doente e da sua satisfação deve ser incorporada.

“Passar a financiar pelo valor que se acrescenta faz todo o sentido. É uma questão de tempo e de maturidade dos percursos que estamos a fazer. Este projeto dá aqui um contributo muito interessante”, afirmou Vítor Herdeiro.

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