Pela primeira vez em Portugal, foi realizado um estudo dedicado à avaliação das competências das equipas de investigação em ensaios clínicos, com os resultados a sublinharem a importância de reforçar a formação e a capacitação dos profissionais envolvidos na investigação clínica no país.
O caminho passará por ter um plano nacional de ação para que Portugal reforce a sua capacidade em investigação clínica.
Portugal tem vindo a destacar-se no cenário europeu de investigação, mas ainda enfrenta desigualdades regionais e falta de profissionais qualificados em algumas áreas. Este estudo fornece as bases para superar esses desafios e posicionar o país como referência internacional.
Desenvolvido em parceria com a AICIB – Agência para a Investigação Clínica e Inovação Biomédica, Roche e centros de investigação, o estudo avaliou o nível de conhecimento e competências dos profissionais que trabalham em ensaios clínicos. A iniciativa representa um projeto-piloto e contou com a participação de 109 profissionais de 10 centros de investigação clínica do país. Posteriormente, poderá ser usada a mesma metodologia e aplicada a mais centros de investigação a nível nacional.
Os ensaios clínicos são estudos que testam novos tratamentos e medicamentos. São fundamentais para garantir que as terapias que chegam aos doentes são eficazes e seguras. Para isso, é essencial que as equipas envolvidas estejam bem preparadas.
Principais conclusões do estudo:
Menos de 60% dos profissionais avaliaram ter conhecimento avançado nas áreas fundamentais para conduzir ensaios clínicos.
Os investigadores foram os que revelaram maior grau de preparação.
As maiores dificuldades encontraram-se nas áreas de gestão de estudos, tratamento de dados e regulamentação de medicamentos.
Profissionais com menos de dois anos de experiência, sobretudo coordenadores de estudo, apresentaram os maiores desafios, revelando a importância de investir na formação inicial e contínua.
Recomendações:
Mais formação e certificação para todos os profissionais envolvidos.
Melhor infraestrutura nos centros de investigação, com tempo dedicado à investigação e recursos adequados.
Mais colaboração entre centros, universidades, indústria, reguladores e associações de doentes.
A criação de um plano nacional de ação, que ajude Portugal a reforçar a sua capacidade em investigação clínica, poderá vir a garantir a melhoria na qualidade dos estudos e o acesso dos doentes a tratamentos inovadores.
Para a Roche, esta iniciativa é um passo importante para garantir que a ciência feita em Portugal continua a crescer com qualidade, segurança e benefício para todos — profissionais e doentes.
Conheça o estudo completo AQUI: