As Bolsas de Cidadania da Roche, que entram este ano na 8ª edição, já apoiaram cerca de 40 projetos de associações de doentes e organizações não governamentais (ONG), num valor total que ascende a 400 mil euros.
A iniciativa de responsabilidade social da Roche começou em 2015, numa altura em que as Bolsas contemplavam 45.000 euros para cinco projetos. Na sua 4ª edição, em 2018, o valor elevou-se para 60.000 euros, repartidos por seis projetos.
As Bolsas procuram fomentar a participação dos cidadãos nos processos de decisão em saúde, a informação dos doentes sobre os seus direitos, assim como a sua participação nas decisões individuais de tratamento.
A edição de 2022 está em curso e as candidaturas podem ser feitas
Associação RD-Portugal – União das Associações de Doenças Raras de Portugal
Bolsa de 20 mil euros
A RD-Portugal, União das Associações de Doenças Raras de Portugal, irá congregar inicialmente mais de 20 associações. Mas há “Raros” tão raros que não conseguem constituir uma associação. A RD-Portugal quer garantir que todos os doentes raros são representados, mesmo quando o número de casos em Portugal é extremamente reduzido. Para isso, projeta-se a criação da Associação SER, acolhendo todos aqueles para os quais ainda não exista uma associação.
O projeto visa também construir um portal e um espaço colaborativo, criado para ser uma estrutura comum e útil a todas as associadas e às áreas específicas de cada associada.
APDI – Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino
Bolsa de 15 mil euros
O projeto vai conceber e realizar ‘lives’ (diretos) com resposta a perguntas sobre a Doença Inflamatória do Intestino (doença de Crohn e Colite Ulcerosa) vocacionados para os jovens com DII. Estes diretos no Instagram responderão às questões dos mais jovens que serão colocadas por um jovem jornalista a um profissional de saúde. Os diretos depois de efetuados serão também partilhados no Facebook.
Este projeto pretende promover a literacia dos mais jovens.
JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados
Bolsa de 10 mil euros
Apesar de, em abstrato, os refugiados terem acesso ao SNS em iguais condições aos demais cidadãos, as suas especificidades linguísticas, culturais e médicas, por um lado, e a inexistência de respostas e formação específicas do SNS, por outro, condicionam um verdadeiro acesso, que seja rápido, adequado e autónomo, a cuidados de saúde.
Este projeto pretende, a curto prazo, garantir que, no período inicial de chegada a Portugal, os refugiados tenham acesso ao SNS e que os serviços sejam adequados às suas particulares necessidades. A longo prazo, pretende capacitar os refugiados e os profissionais de saúde para que o acesso e o serviço sejam o mais autónomos possível. Para isso, será feito um acompanhamento dos refugiados ao SNS numa lógica de constante pedagogia e progressiva autonomização dos utentes e dos profissionais, com recurso a canais adequados (serviços de interpretação/tradução), ações específicas de literacia de saúde aos utentes e de informação e sensibilização aos profissionais.
Movimento Pés ao Caminho – Associações Unidas pela Promoção da Informação aos Doentes Oncológicos
Bolsa de 5 mil euros
Sob o tema “Tens cancro e sentes-te perdid@? Nós mostramos-te os caminhos...”, o projeto pretende criar uma infografia multimédia para transmitir de forma clara os possíveis sintomas ou efeitos secundários e as formas de os minorar. Este projeto tem como beneficiários diretos os doentes com diagnóstico de cancro, bem como seus familiares e cuidadores, estendendo-se ainda à sociedade em geral.
Airev - Associação Para a Integração e Reabilitação Social de Crianças e Jovens Deficientes de Vizela
Bolsa de 5 mil euros
O projeto Clic baseia-se na criação de um site com conteúdos dirigidos às famílias sobre atividades de estimulação para as crianças, de forma a potenciar as aprendizagens da criança, até aos 6 anos de idade, através de estratégias a serem implementadas na sua vida quotidiana. Prevê-se ainda a disponibilização de apoio multidisciplinary à família.
O objetivo passa por aumentar a literacia acerca do desenvolvimento infantil, bem como promover o envolvimento parental.
MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias
Bolsa de 5 mil euros
O projeto visa a plena integração do doente nos cuidados de saúde que lhe são prestados, habilitando-o para que possa conhecer os seus direitos e intervir corretamente nas decisões tomadas em torno da sua saúde, durante o percurso que atravessa na rede de prestação de cuidados.
Será criada uma plataforma online formativa, para dotar o doente de todas as patologias de conhecimentos acerca do seu acompanhamento médico e formá-lo para que possa intervir da melhor forma junto das decisões em saúde que o envolvem. Propõe-se ainda a criação de um Gabinete de Apoio Jurídico destinado aos associados da MiGRA Portugal