O trabalho voluntário não é uma novidade na vida de Francisco Costa, farmacêutico de formação e colaborador da Roche desde 2019. Mas foi o incentivo da própria empresa que o impulsionou a inscrever-se numa bolsa de voluntariado para ajudar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde no período da pandemia de Covid-19.
Durante cerca de um mês e meio, Francisco esteve a trabalhar como voluntário na farmácia do hospital de São José, unidade que pertence ao Centro Hospitalar de Lisboa Central.
“Os colaboradores da Roche receberam, logo em março, um email da nossa diretora-geral que a mim me tocou particularmente. Todos os colaboradores que fossem profissionais de saúde poderiam, se quisessem, dar o seu suporte ao sistema de saúde no contexto da pandemia. Era-nos permitido e até incentivado usar o nosso tempo de trabalho para isso. E eu decidi avançar”, conta Francisco Costa.
A Ordem dos Farmacêuticos tinha entretanto lançado uma bolsa de voluntários para farmacêuticos e estudantes do mestrado integrado de Ciências Farmacêuticas, para dar apoio às atividades assistenciais dos farmacêuticos na linha da frente do combate à Covid-19.
Com o incentivo da Roche, Francisco Costa foi um dos vários voluntários chamados a contribuir.
Dedicou seis horas diárias, durante mais de um mês e meio, a ajudar no hospital de São José. Essencialmente, dava apoio à materialização da Operação Luz Verde, um novo serviço para garantir a continuidade terapêutica dos doentes, permitindo a entrega nas farmácias de proximidade de medicamentos habitualmente cedidos pelos serviços farmacêuticos hospitalares.
“Integrei uma equipa de 19 pessoas, que se distribuíam por turnos, de manhã e tarde. Creio que foi um trabalho que só foi possível porque havia quase 20 pares de braços voluntários e isso garantiu que a operação tenha sido sustentável”, refere Francisco Costa.
Esta experiência permitiu a Francisco perceber a dimensão do impacto da pandemia no sistema de saúde, também visível nas farmácias hospitalares: “Os profissionais tiveram de fazer das tripas coração. Trabalharam horas e horas a fio”.
Ao privilégio de ter contribuído no apoio a quem que está na primeira linha do combate à pandemia, Francisco Costa junta o orgulho de trabalhar numa empresa que o impulsionou a contribuir ativamente numa fase difícil para o sistema de saúde.
“Estamos todos, na empresa, em teletrabalho. Mas o tempo que dediquei no voluntariado foi tempo em que não estive a trabalhar para a Roche. A empresa permitiu-me, assim, ajudar e contribuir”, conta.
É um momento em que todas as empresas e instituições vão procurando novas formas de prosseguir as suas missões, fazendo a diferença na vida das pessoas.
Na vida de Francisco, o empenho em ajudar reveste-se de várias formas. No seu tempo livre, colabora como voluntário na Refood, organização dedicada ao combate à fome e ao desperdício de alimentos. Na bagagem tem também a experiência de algumas semanas em Lesbos, a ajudar uma organização não governamental de apoio a refugiados.
Em todos os contextos, a integridade, a coragem e a paixão são os valores certos para fazer a diferença.