Abrir caminho de esperança na Doença de Alzheimer
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Para milhões de pessoas em todo o mundo, o diagnóstico de Alzheimer representa um futuro assustador, com muita incerteza, perguntas sem resposta e opções terapêuticas limitadas.
À medida que a doença progride, as pessoas perdem frequentemente a sua independência, o que configura uma realidade devastadora que impõe desafios enormes tanto aos doentes quanto aos seus familiares.
Mas, e se um diagnóstico fosse mais do que apenas um nome para a doença? E se pudesse, de facto, mudar o panorama da doença de Alzheimer, ao oferecer um caminho para o melhor tratamento ou até mesmo para a sua prevenção?
Na Roche, esta é a nossa ambição para o futuro da doença de Alzheimer, onde testes avançados e medicamentos possam trabalhar juntos para ajudar a retardar, parar ou até possivelmente prevenir a progressão da doença.
Uma estratégia baseada na deteção precoce
Acreditamos que está hoje já a ser dado um passo fundamental em direção a essa ambição. A nossa estratégia assenta na premissa de que diagnósticos mais simples e acessíveis são a chave para a mudança. Porque têm o potencial de transformar não apenas a forma como abordamos a investigação e desenvolvimento terapêutico, mas também como a doença de Alzheimer é diagnosticada e tratada na prática clínica.
Os avanços no desenvolvimento de ferramentas como testes de sangue e testes de líquido cefalorraquidiano (LCR) oferecem a capacidade de identificar alterações biológicas precoces na doença de Alzheimer, como a acumulação de placas de beta-amilóide e emaranhados neurofibrilares de proteína tau, que gradualmente dificultam a comunicação entre as células cerebrais responsáveis pela memória e aprendizagem.
Este avanço pode criar uma janela de oportunidade vital para intervenção, muitas vezes mesmo antes do surgimento dos sintomas cognitivos.
“Pela primeira vez, podemos observar as marcas fisiopatológicas da doença de Alzheimer em exames de rotina anos antes do declínio cognitivo, e esses avanços estão a impulsionar uma mudança sísmica na nossa abordagem de investigação e desenvolvimento”, afirma Azad Bonni, SVP e Diretor Global de Neurociência e Doenças Raras na Roche Pharma Research & Early Development.
Um diagnóstico precoce e mais acessível pode abrir portas ao uso de potenciais novos tratamentos, com medicamentos especificamente desenhados para atuar de forma mais eficaz nas principais características da doença de Alzheimer no cérebro.
Esta abordagem combinada é fundamental para o objetivo de intervir mais cedo e, em última análise, prevenir a progressão de uma doença que afeta a maioria dos mais de 55 milhões de pessoas que vivem com demência atualmente1.
Superar a barreira hematoencefálica: a chave para o tratamento
Contudo, o diagnóstico é apenas metade da história.
Porque um diagnóstico só é verdadeiramente poderoso quando pode vir a ser ligado a um plano de tratamento eficaz.
Isso exige superar um dos maiores obstáculos na neurologia: atravessar a barreira hematoencefálica. Este sistema de defesa natural, essencial para a segurança do cérebro, pode impedir que medicamentos promissores cheguem ao seu alvo, limitando o desenvolvimento de tratamentos em doenças neurológicas.
O cerne da nossa abordagem integrada é conseguir desenvolver medicamentos que possam ser entregues no cérebro para intervir no mecanismo subjacente à doença. Ao reunir as nossas equipas farmacêuticas e de diagnóstico, pretendemos garantir que cada doente receba o tratamento mais adequado e com maior probabilidade de sucesso.
Atingir este objetivo é um compromisso complexo e de longo prazo, construído com base em investigação pioneira, com colaboração profunda e um foco constante nas necessidades dos doentes, famílias e cuidadores.
No fundo, mapeando cada parte do caminho das pessoas com Alzheimer, desde a deteção à gestão do tratamento, podemos tornar a doença mais navegável e menos assustadora. É assim que podemos, juntos, mudar o futuro para doentes e suas famílias. No fundo, para todos nós.
Referência
Alzheimer 's Disease International. World Alzheimer Report 2022 [Internet; citado em maio de 2025]. Disponível em https://www.alzint.org/resource/world-alzheimer-report-2022/
Setembro 2025 | M-PT-00003425