Consulta pública para melhorar o acesso à saúde em Portugal

Movimento Saúde em Dia revela novos dados do impacto do primeiro ano da pandemia

no acesso a cuidados de saúde em Portugal e lança consulta à população para identificar

ideias que podem melhorar as respostas do sistema de saúde às necessidades dos portugueses

  • Incidência de obesidade avaliada nos centros de saúde caiu 62% no primeiro

ano de pandemia;

  • Queda de 25% nas consultas relacionadas com comportamentos aditivos e

dependências no primeiro ano de pandemia;

  • Menos 44% de utentes com comportamentos aditivos admitidos nos serviços

de saúde;

 

O Movimento Saúde em Dia lança hoje uma consulta pública à população portuguesa para obter sugestões e ideias de como melhorar o acesso à saúde em Portugal. O projeto tem como objetivo recolher soluções junto de quem todos os dias contacta com os serviços de saúde e tem respostas concretas para as dificuldades que enfrenta.

A pandemia de Covid-19 afetou o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde, como têm revelado os dados apresentados publicamente pelo Movimento Saúde em Dia, constituído pela Ordem dos Médicos, pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e pela Roche.

Novos indicadores sobre o acesso aos cuidados de saúde no primeiro ano de pandemia estão agora disponíveis. Com base no Portal da Transparência, a consultora MOAI analisou os dados de março de 2019 a janeiro de 2020, comparando com março de 2020 a janeiro de 2021, para aferir o impacto do primeiro ano da pandemia no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na área das dependências, houve uma quebra de 44% de novos utentes admitidos e as consultas relacionadas com dependências ou adições teve uma quebra de 25%.

Na saúde mental, a incidência de perturbação depressiva avaliada nos cuidados de saúde primários registou uma redução de 24% no primeiro ano de pandemia. Também os distúrbios ansiosos apresentaram uma queda de incidência de 15%.

No mesmo sentido está a curva da incidência da obesidade registada nos centros de saúde, com uma diminuição de 62% no primeiro ano de pandemia.

O acompanhamento das grávidas também terá sido afetado: os indicadores exibem uma redução de 18% na proporção das grávidas com um acompanhamento adequado, segundo o Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários.

Estes indicadores juntam-se a outros que têm tornado evidente o impacto da pandemia no cesso a cuidados por parte dos doentes não Covid.

É essencial ouvir a população sobre um assunto que diz respeito a todos e a cada um de nós: a saúde.

A consulta pública agora lançada, que decorrerá durante um mês, pretende perceber que medidas desejam os portugueses ver aplicadas para melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde prestados em Portugal.

Como garantir que os cidadãos têm acesso aos cuidados de saúde quando deles necessitam? Como se pode promover a eficiência? Que as áreas da saúde devem receber financiamento prioritário?

Estas são algumas das questões colocadas na consulta pública, que pretende conseguir uma ampla participação de cidadãos individuais, associações de doentes, ONG, unidades de saúde, Academia, bem como outras organizações ou entidades empresariais interessadas em dar o seu contributo.

 

Os resultados desta consulta serão comunicados publicamente durante o mês de novembro. Até ao dia 17 de outubro, todos os cidadãos podem contribuir com as suas ideias e sugestões no site do Movimento Saúde em Dia - 

Constituído pela Ordem dos Médicos (OM), pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e pela Roche, o Movimento Saúde em Dia lançou em julho uma petição pública que apela ao poder político para promover a recuperação rápida e eficiente de todos os doentes que ficaram por diagnosticar, tratar ou cuidar durante a pandemia.

Esta petição está ainda em curso. Ordem dos Médicos e APAH renovam o apelo aos cidadãos para que se juntem a este Movimento e assinem a

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