Alzheimer, a doença que ataca o que somos

Como nenhuma outra, a doença de Alzheimer ataca a nossa identidade e muda quem somos. Apaga o nosso passado e futuro, rouba as nossas memórias, torna impossíveis simples tarefas diárias e transforma em estranhos aqueles que amamos. A doença de Alzheimer não é uma parte normal do processo de envelhecimento. Altera profundamente quem somos.

A demência afeta mais de 46 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a doença de Alzheimer a causa mais comum de demência. A cada ano surgem cerca de 10 milhões de pessoas diagnosticadas com demência.

As estimativas atuais indicam que em 2050, mais de 150 milhões de pessoas a nível mundial terão demência. Centenas de milhares de cuidadores e familiares serão afetados, arrastados para um sofrimento emocional, psíquico e financeiro.

Mas o impacto da doença de Alzheimer vai além das famílias. Envolve toda a sociedade.

Atualmente, não havendo cura, os tratamentos centram-se no alívio de sintomas, mas sem capacidade de travar a progressão da doença.

Até que haja tratamentos que abrandem, previnam ou curem a doença, todos nós carregamos o peso do Alzheimer.

Também o impacto económico da doença tem crescido a nível global. Os custos associados com a demência aumentaram 35% entre 2010 e 2019. Ao nível de custos para as famílias, a despesa direta em cuidados de saúde é 21% superior no caso das pessoas com demência.

Alzheimer é uma doença cerebral progressiva caracterizada por um declínio da memória, linguagem e outras capacidades do pensamento, bem como por mudanças de humor e no comportamento.

As mudanças biológicas no cérebro podem ocorrer décadas antes da manifestação dos primeiros sintomas. Nas fases mais avançadas da doença, as pessoas podem deixar de conseguir comunicar e tornam-se totalmente dependentes de outros, mesmo para tarefas simples do quotidiano.

A causa exata da doença de Alzheimer é ainda desconhecida, mas estão identificadas caraterísticas chave, que incluem a acumulação de proteínas específicas no cérebro, formando 'placas' ou ‘emaranhados’ que gradualmente matam células cerebrais.

A biologia subjacente da doença baseia-se na acumulação de duas proteínas - amilóide beta e tau - no cérebro, geralmente causadas por fatores genéticos ou por idade avançada.

Os sintomas da doença de Alzheimer vão-se acentuando de forma progressiva, podendo afetar atividades básicas ou diárias.

Entre alguns dos sinais, estão:

  • Dificuldade em seguir uma conversa

  • Dificuldades na escrita

  • Mudanças de personalidade

  • Repulsa por atividades sociais

  • Ciclos de sono afetados

Atualmente, o diagnóstico só surge após vários meses de muitas consultas e exames. Globalmente, estima-se que 75% das pessoas com demência não tenha ainda um diagnóstico adequado.

Contudo, sabe-se hoje que as mudanças biológicas associadas à doença de Alzheimer podem ocorrer cerca de 20 anos antes da manifestação dos sintomas mais conhecidos.

Alguns biomarcadores estão já a ser usados no apoio ao diagnóstico e muitos outros estão ainda em investigação.

Uma utilização mais ampla de biomarcadores poderia proporcionar uma forma mais rápida e menos invasiva de meios para ajudar num diagnóstico mais precoce, potenciando um possível tratamento antes de surgirem e se instalarem os sintomas.

O nosso objetivo é mudar a forma como a doença afeta o cérebro - e não apenas tratar os sintomas. Pretendemos contribuir para a expansão do conhecimento sobre a doença, ajudando a encontrar soluções para um dos maiores problemas de saúde pública do nosso tempo.

Os investigadores na Roche estão a desenvolver tecnologia que permita aprender mais sobre como a doença começa e sobre como progride.

O objetivo de todos é – e deve ser – mudar a forma como a doença afeta o cérebro e não apenas tratar os seus sintomas.

A Roche está também fortemente empenhada em contribuir para um diagnóstico preciso e atempado, trabalhando para inovar em tecnologias de diagnóstico.

Novas ferramentas de diagnóstico, aliadas a novas terapias orientadas, poderão permitir detetar, medir e retardar a progressão desta doença.

A mudança de paradigma na doença de Alzheimer só é possível envolvendo toda a sociedade – através de um trabalho conjunto entre governos, investigadores, parceiros da indústria, cuidadores e os próprios doentes.

A história tem demonstrado que não podemos esperar uma cura para uma doença como o Alzheimer de um momento para o outro.

No futuro próximo, devemos avançar em pequenos passos, mas são esses pequenos passos que farão a diferença.

Na Roche estamos empenhados nesta luta porque entendemos que é nossa responsabilidade – o Alzheimer é demasiado importante para ser ignorado.

Fontes e Bibliografia

  1. Alzheimer’s Association. 2015 Alzheimer’s Disease Facts and Figures. Alzheimer’s & Dementia 2015; 11(3):332+.

  2. Alzheimer’s Disease International. World Alzheimer Report 2015: The Global Impact of Dementia.  Last accessed on 1 July 2016.

  3. Querfurth HW and LaFerla FM. Alzheimer’s Disease. N Engl J Med 2010; 362(4):329-44.

  4. The Alzheimer’s Society. Normal ageing vs dementia. [Internet; cited 2019 Aug 9]. Available from:

  5. El-Hayek YH, Wiley RE, et al. Tip of the iceberg: assessing the global socioeconomic costs of alzheimer’s disease and related dementias and strategic implications for stakeholders. J Alzheimers Dis. 2019:70:321-339.

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