A cada segundo, alguém, algures, precisa de sangue. As transfusões de sangue, com sangue e com produtos sanguíneos, salvam anualmente milhões de vidas.1
As transfusões de sangue podem ser úteis em variadas circunstâncias, como, por exemplo:
Pessoas que sofreram ferimentos graves (tais como de um acidente de viação), ou desastres naturais;
Pessoas submetidas a um procedimento cirúrgico importante, ou durante a gravidez;
Pessoas com uma doença que provoque anemia, como a leucemia ou doença renal;
Pessoas que não conseguem produzir plaquetas suficientes devido a doença ou quimioterapia.
Assegurar o acesso a sangue e a produtos sanguíneos seguros é um componente crítico de um sistema de saúde eficaz. Estima-se que, anualmente, em todo o mundo, são realizadas mais de 164 milhões de dádivas de sangue e plasma.2,3,4 Antes de chegar às pessoas que deles necessitam, o sangue e os produtos de sangue são submetidos a múltiplas etapas de forma a garantir a sua segurança e qualidade.
Todos os dadores de sangue são pré-selecionados através de várias questões para avaliar determinar a saúde e os fatores de risco. Assim que um dador é autorizado para a dádiva, são recolhidos vários tubos de sangue para análise, além de uma unidade de sangue total, a fim de garantir a sua segurança e qualidade. As dádivas de sangue total são separadas em glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma, sendo que cada um destes componentes pode ajudar as pessoas de diversas formas. Os tubos são submetidos a vários testes para estabelecer o tipo de sangue e identificar a existência, ou não, de doenças infeciosas que podem ser transmitidas por transfusão. Se o resultado de um teste for positivo, a doação é descartada e o doador é notificado. Caso os produtos sanguíneos sejam adequados para transfusão, são rotulados e armazenados de modo a estarem disponíveis para serem entregues onde e a quem são mais necessários.
Uma dádiva tem o potencial de salvar até três vidas5
A segurança na disponibilização de sangue e plasma é um desafio global que requer uma colaboração extensiva. Em 1998, a Organização Mundial de Saúde (OMS) introduziu medidas para garantir a segurança do sangue doado e estabeleceu uma base de dados global para responder às preocupações sobre a disponibilidade, segurança e acessibilidade do sangue para transfusão. 6 Desde então, têm existido grandes desenvolvimentos no rastreio em massa de infeções transmissíveis por transfusão, com a identificação de novos agentes infeciosos e melhorias significativas na deteção de marcadores de infeção no sangue doado. 7 À medida que a necessidade de dádivas de sangue aumenta e os agentes patogénicos evoluem e surgem novos, há uma necessidade contínua de investimento no desenvolvimento de tecnologias inovadoras que possam responder às necessidades reais dos centros de transfusão, dos laboratórios de análise de sangue e, mais importante ainda, das pessoas.
Referências
https://diagnostics.roche.com/us/en/products/product-category/blood-safety-solutions.html
World Health Organization. Blood safety and availability.
Plasma Protein Therapeutics Association from:
Busch MP, Bloch EM, Kleinman S. Prevention of transfusion-transmitted infections. Blood. 2019 Apr 25;133(17):1854-1864.