Jayashree Sahni, Líder de Medicina Translacional, na área de Investigação e Desenvolvimento da Roche Farmacêutica (pRED), compartilha as suas opiniões sobre a doença, as atuais opções terapêuticas e porque ainda é preciso fazer mais para resolver as necessidades médicas associadas à DMI.
A grande maioria dos doentes com DMI tem um estadio inicial da doença, que pode evoluir, com o tempo, para perda de parte da visão central. No entanto, cerca de 10% das pessoas desenvolvem a forma avançada da doença, conhecida como DMI neovascular (DMIn, ou DMI húmida, ou exsudativa), que pode resultar em perda súbita e grave da visão central, e que representa aproximadamente 90% de todos os casos de cegueira por DMI.2 Como a DMIn abrange a maioria das pessoas que sofrem perda visual grave na DMI, os esforços da investigação focaram-se em desenvolver tratamentos para esse estadio da doença.
A DMI neovascular começa com um crescimento descontrolado de novos vasos sanguíneos anormais abaixo da mácula, através de um processo chamado angiogénese. Os vasos sanguíneos extravasam sangue ou líquido para a mácula e formam-se cicatrizes que causam deterioração da visão central.3 Há uma tendência para maior risco nas mulheres do que nos homens, e as pessoas de raça branca têm maior probabilidade de perda visual por DMI do que as populações afro-americanas e asiáticas. Tabagismo, obesidade e história familiar também podem levar ao risco de DMI.4
Em primeiro lugar, é realmente importante que as pessoas façam exames de visão regularmente. Atualmente, não há tratamento para o estadio inicial da DMI. A combinação de vitaminas antioxidantes A, C, E e zinco, e mudanças no estilo de vida, como parar de fumar e manter uma alimentação saudável,contribuem para redução do risco de perda da visão.4
Há tratamentos disponíveis para DMIn e é fundamental consultar um oftalmologista com urgência se notar qualquer alteração ou deterioração da visão.
O foco da nossa investigação em oftalmologia abrange a DMI, o edema macular diabético, a retinopatia diabética, a atrofia geográfica e outras patologias. Na pRED da Roche, acreditamos que explorar, compreender e abordar a biologia subjacente a uma doença específica é um caminho crucial para podermos concretizar soluções para os doentes.
Existe um compromisso real com o desenvolvimento de medicamentos para doenças oculares que causam deficiência e perda visual significativas em doentes do mundo inteiro.
Referências
Pennington KL, DeAngelis MM. Epidemiology of age-related macular degeneration (AMD): associations with cardiovascular disease phenotypes and lipid factors. Eye and Vision. 2016; 3:34.
Bright Focus Foundation. Age-Related Macular Degeneration: Facts & Figures. [Internet; citado em outubro de 2018].
Disponível em:
Kellogg Eye Center. AMD. [Internet; citado em outubro de 2018].
Disponível em:
National Eye Institute. Facts About Age-Related Macular Degeneration. [Internet; citado em outubro de 2018]. Disponível em: