A luta por novos antibióticos

Os antibióticos têm proporcionado, durante quase 100 anos, proteção contra infeções bacterianas que ameaçam a vida. No entanto, a resistência aos antimicrobianos está a aumentar e a necessidade de novos antibióticos é agora maior do que nunca.

Em 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma lista de 12 famílias de agentes patogénicos prioritários para os quais são urgentemente necessários novos antibióticos.  A resistência antimicrobiana foi já considerada um dos maiores riscos para a saúde, que pode pôr em causa um século de progresso médico e científico.

Para combater esta urgente ameaça global à saúde, a Roche tem uma estratégia abrangente de investigação e desenvolvimento de antibióticos, que visa superar os desafios científicos e económicos que se colocam no caminho de trazer novos e eficazes tratamentos aos doentes que precisam.

Para responder a estes desafios, foi criado o fundo AMR (Antimicrobial Resistance Research), no qual a Roche está fortemente empenhada. O fundo, criado por alguns laboratórios farmacêuticos em conjunto com a OMS e outras entidades internacionais, está a investir no desenvolvimento de novos antibióticos para combater infeções resistentes a medicamentos.

Os testes de diagnóstico In Vitro podem também ajudar a combater as causas da resistência antimicrobiana, nomeadamente a sobreutilização e utilização indevida de antibióticos, bem como a prevalência de infeções. As soluções têm demonstrado a existência de elevado valor acrescentado que se traduzem em melhores resultados para os cidadãos, podendo, ainda, gerar poupanças para os hospitais, sistemas de saúde e para a sociedade em geral.

 

O que é afinal a resistência a antibióticos?

Os antibióticos são medicamentos utilizados para prevenir e tratar infeções bacterianas. A resistência ocorre quando as bactérias mudam em resposta ao uso destes medicamentos.

As bactérias tornam-se, assim, resistentes aos antibióticos e podem infetar seres humanos e animais, tornando as infeções mais difíceis de tratar do que as causadas por bactérias não-resistentes.

A resistência aos antibióticos leva a custos médicos mais elevados, a internamentos hospitalares mais prolongados e a um aumento da mortalidade.

A resistência antimicrobiana é um conceito mais alargado e define o que ocorre quando bactérias, fungos, vírus ou parasitas se transformam com o tempo e já não respondem aos medicamentos, fazendo com que as infeções sejam muito mais difíceis de tratar e aumentando o risco de propagação de doença grave.

 

Qual a dimensão do problema?

As estimativas internacionais indicam que pelo menos 700 mil pessoas morrem no mundo a cada ano devido à resistência a antimicrobianos.

Doenças cada vez mais comuns, incluindo infeções do trato respiratório, infeções sexualmente transmissíveis ou do aparelho urinário, tornam-se incuráveis.