A Saúde no centro da recuperação pós-Covid

A pandemia de Covid-19 trouxe grandes perturbações na prestação de cuidados de saúde na Europa e pelo menos 40% dos serviços foram interrompidos, conclui a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O panorama é traçado no Relatório Europeu de Saúde 2021, que foi divulgado esta semana pela OMS. A conclusão é clara: “A Covid-19 tem sobrecarregado os sistemas de saúde além dos seus limites, levando a grandes perturbações nos serviços de saúde”.

Em 2020, durante os primeiros meses da pandemia, pelo menos 40% dos serviços essenciais de saúde foram interrompidos, parcial ou totalmente, na região europeia. Este padrão persistiu no ano de 2021, com quase 30% dos serviços afetados ou interrompidos nos primeiros meses do ano.

O cancro foi uma área particularmente afetada, com rastreios e tratamentos ao cancro da mama, colorretal ou colo do útero a serem interrompidos ou adiados na maioria dos países da região.

A consequência é uma diminuição no número de diagnósticos de cancro, que terá impactos diretos nas taxas de sobrevivência dos doentes.

Este retrato vai ao encontro das preocupações manifestadas em Portugal pelo Movimento Saúde em Dia, que a Roche integra, a par com a Ordem dos Médicos e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. O Movimento tem procurado, desde 2020, alertar para a importância de recuperar, de forma organizada, rápida e eficiente, todos os doentes que ficaram por diagnosticar, tratar ou cuidar.

A OMS alerta ainda para os “impactos sem precedentes” que a pandemia provocou na saúde mental. Os indicadores preliminares da região europeia mostram que a maior queda no bem-estar mental ocorreu nos homens entre os 18 e 24 anos. Mas foi nas mulheres entre os 18-24 e os 35-44 que se registaram níveis mais baixos de bem-estar mental.

Consulte AQUI indicadores sobre o impacto da pandemia no acesso a cuidados de saúde em Portugal.