A Roche realiza anualmente, e desde 2003, o evento Children's Walk, uma iniciativa que tem como objetivo apoiar milhares de crianças desfavorecidas no Malawi. A Children's Walk acontece em junho, mês em que se assinala o Dia da Criança Africana, contando também com a participação dos colaboradores da Roche Portugal.
Os colaboradores da Roche recolhem fundos através de inúmeras iniciativas locais e o grupo duplica o valor angariado pelos colaboradores. A aplicação destes fundos no Malawi é feita através dos nossos parceiros ECPP (European Coalition of Positive People) e UNICEF.
Da parte da ECPP, os fundos angariados com a Children's Walk garantem a construção de centros de dia para apoio a crianças órfãs, a sua manutenção e a atribuição de bolsas de estudo. Através da UNICEF os fundos são aplicados na melhoria das instalações e funcionamento das escolas, com a garantia de refeições, roupa, água, eletricidade, entre outros, e com a criação de programas de formação e uma escola para professores no Malawi.
"Estamos a construir um futuro melhor para milhares de crianças"
Anabela Mendes, colaboradora da divisão farmacêutica da Roche Portugal, esteve no Malawi em setembro de 2012 com um grupo de embaixadores do projeto Children's Walk e conheceu, no terreno, a forma como são aplicados os fundos recolhidos no âmbito desta iniciativa.
Qual é o sentimento das crianças e populações que recebem o nosso em relação à Roche?
Comparativamente com a nossa cultura, o grau de gratidão que expressam é muito grande. Na cultura do Malawi, quando recebem algo, as pessoas ajoelham-se para mostrar o seu agradecimento. As crianças mais crescidas têm perfeita noção do apoio que a Roche lhes presta e isso notou-se até nas canções com que nos acolheram: as letras faziam sempre referência à ajuda que estavam a receber.
De que forma é visível este apoio prestado pela Roche?
O apoio da Roche é conhecido por todos os que frequentam os nossos centros – Chambe, Mpala e colégio Amalika. E sendo a Roche a patrocinadora exclusiva deste projeto, quando entramos nos centros sabemos que tudo o que ali está foi criado com o nosso apoio, desde as infraestruturas até à comida que é fornecida às crianças, passando pelos empregos criados (professores, auxiliares e gestores do centro).
O que mais te surpreendeu nesta viagem?
Foi o facto de a Roche garantir a comida, diariamente, a mais de 1.200 crianças, distribuídas por três centros. Isso foi uma constatação que me fez sentir muito feliz e orgulhosa, por um lado, mas, por outo, é impressionante saber que muitas vezes esta é a única refeição do dia para estas crianças.
Para os colegas que não tiveram a oportunidade de ir ao Malawi, o que podes dizer sobre a importância do contributo da Roche?
Se não fosse o contributo da Roche havia 1.200 crianças que muito provavelmente não teriam comida nem acesso à educação. Mas o impacto não fica por aqui, a Roche tem também uma parceria com a UNICEF em que apoia outros projetos. Tivemos a oportunidade de visitar uma escola com 1.200 alunos onde a Roche patrocinou a construção de latrinas. Pode pensar-se que não é muito impressionante, mas o impacto é muito relevante. Isto ajuda a resolver um dos grandes problemas de acesso ao ensino para as raparigas do Malawi, que deixavam de ir à escola muito cedo porque, quando cresciam, continuavam a partilhar a latrina com os rapazes. A partir de certa altura a vergonha impunha que abandonassem a escola.
Fizeste esta viagem com um grupo de colegas da Roche de vários países e com várias funções. Tiveram oportunidade de partilhar experiências? Como era o ambiente do grupo?
O grupo era constituído por pessoas de diferentes países: Singapura, China, México, Canadá, Grécia, Finlândia, Estados Unidos da América, Líbano, Alemanha e Suíça. Para mim o melhor foi o facto de termos pessoas das mais diferentes culturas, de todos os graus hierárquicos dentro da Roche, e de estarmos todos a falar a mesma linguagem e de nos comovermos nos sítios que visitámos. A partilha de experiências no âmbito das iniciativas de recolha de fundos de cada afiliada foi motivo de orgulho. Percebi que Portugal foi o mais inovador nas iniciativas e os comentários que ouvi foram sempre positivos. É, sem dúvida, um exemplo de uma best practice da Roche Portugal na área da responsabilidade social.
Se tivesses que resumir numa frase esta experiência, o que dirias?
Acreditar vale a pena! Tanto acreditar na nossa capacidade de ajudar, como acreditar no futuro. Prova disso é que o responsável por um dos centros que visitei recebeu apoio da Roche desde criança, continuou a estudar fora do centro com apoio da Roche e completou a sua formação. Já adulto, regressou ao centro onde cresceu e agora ajuda centenas de crianças. Isto é a prova de que é possível fazer a diferença e que estamos a construir um futuro melhor para milhares de crianças.