Alzheimer, a doença que ataca o que somos.



    Como nenhuma outra, a doença de Alzheimer ataca a nossa identidade e muda quem somos. Apaga o nosso passado e futuro, rouba as nossas memórias, torna impossíveis simples tarefas diárias e transforma em estranhos aqueles que amamos.

    A doença de Alzheimer não é uma parte normal do processo de envelhecimento. Altera profundamente quem somos.

    O que é?

    A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que provoca uma perda progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas levando a alterações de comportamento, na personalidade e na capacidade funcional do indivíduo 1.



    As mudanças biológicas no cérebro podem ocorrer décadas antes da manifestação dos primeiros sintomas. Nas fases mais avançadas da doença, as pessoas podem deixar de conseguir comunicar e tornam-se totalmente dependentes de outros, mesmo para tarefas simples do quotidiano.

    A causa exata da doença de Alzheimer é ainda desconhecida, mas estão identificadas caraterísticas chave, que incluem a acumulação de placas de beta-amilóide e emaranhados neurofibrilhares de proteína tau que gradualmente impossibilitam a comunicação entre as células cerebrais responsáveis pela memória e aprendizagem, causando a sua morte.


    O impacto da doença de Alzheimer


    • A demência afeta mais de 46 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a doença de Alzheimer a causa mais comum de demência. A cada ano surgem cerca de 10 milhões de pessoas diagnosticadas com demência.

     

    • As estimativas atuais indicam que em 2050, mais de 150 milhões de pessoas a nível mundial terão demência. Centenas de milhares de cuidadores e familiares serão afetados, com grande impacto emocional, psíquico e financeiro. Mas o impacto da doença de Alzheimer vai além das famílias. Envolve toda a sociedade.

     

    • Atualmente, não havendo cura, os tratamentos centram-se no alívio de sintomas, mas sem capacidade de travar a progressão da doença.

     

    • O impacto económico da doença tem crescido a nível global. Os custos associados com a demência aumentaram 35% entre 2010 e 2019. Ao nível de custos para as famílias, a despesa direta em cuidados de saúde é 21% superior no caso das pessoas com demência.

    M-PT-00000936, Jun 2021